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Manhã na minha ruela, sol pela janela O senhor jeitoso dá tréguas ao berbequim
O galo descansa, ri-se a criança Hoje não há birras, a tudo diz que sim
O casal em guerra do segundo andar Fez as pazes, está lá fora a namorar
Cada dia é um bico d’obra Uma carga de trabalhos faz-nos falta renovar Baterias, há razões de sobra Para celebrarmos hoje com um fado que se empolga É dia de folga!
Sem pressa de ar invencível, saia, saltos, rímel Vou descer à rua, pode o trânsito parar
O guarda desfruta, a fiscal não multa Passo e o turista, faz por não atrapalhar
Dona laura hoje vai ler o jornal Na cozinha está o esposo de avental
Cada dia é um bico d’obra Uma carga de trabalhos, faz-nos falta renovar Baterias, há razões de sobra Para celebrarmos hoje com um fado que se empolga É dia de folga!
Folga de ser-se quem se é E de fazer tudo porque tem que ser Folga para ao menos uma vez A vida ser como nos apetecer
Cada dia é um bico d’obra Uma carga de trabalhos, faz-nos falta renovar Baterias, há razões de sobra Para a tristeza ir de volta e o fado celebrar
Cada dia é um bico d’obra Uma carga de trabalhos, faz-nos falta renovar Baterias, há razões de sobra Para celebrarmos hoje com um fado que se empolga É dia de folga
Este é o fado que se empolga No dia de folga! No dia de folga!